Livro # 25 | A célula Adormecida
«Assim queira Deus, o Califado foi estabelecido e iremos invadir-vos como vocês nos invadiram. Iremos capturar as vossas mulheres como vocês capturaram as nossas mulheres. Vamos deixar os vossos filhos órfãos como vocês deixaram órfãos os nossos filhos.»
Daesh, o autoproclamado Estado Islâmico, 2014.
Em plena noite eleitoral, o novo primeiro-ministro português é encontrado morto. Ao mesmo tempo, em Istambul, na Turquia, uma reputada jornalista vive uma experiência transcendente. E em Lisboa, o pânico instala-se quando um autocarro é feito refém no centro da cidade. O autoproclamado Estado Islâmico reivindica o ataque e mostra toda a sua força com uma mensagem arrepiante.
O país desperta para o terror e o medo cresce na sociedade. Um grande evento de dimensão mundial aproxima-se e há claros indícios de que uma célula terrorista se encontra entre nós. Todas as pistas são importantes para o SIS, sobretudo, quando Afonso Catalão, um conhecido especialista em Ciência Política e Estudos Orientais, é implicado.
De antecedentes obscuros, o professor vê-se subitamente envolvido numa estranha sucessão de acontecimentos. E eis que uma modesta família muçulmana refugiada em Portugal surge em cena.
A luta contra o tempo começa e a Afonso só é dada uma hipótese para se ilibar: confrontar o passado e reviver o amor por uma mulher que já antes o conduziu ao limiar da própria destruição.
Com uma escrita elegante e o seu já tão característico estilo intimista e sofisticado, inspirado em acontecimentos verídicos, Nuno Nepomuceno dá-nos a conhecer A Célula Adormecida. Passado durante os 30 dias do mês do Ramadão, este é um romance contemporâneo, onde ficção e realidade se confundem num estranho mundo novo e aterrador que a todos nos perturba. Um thriller psicológico de leitura compulsiva, inquietante, negro e inquestionavelmente atual.
Requisitei este livro na biblioteca pois sou muito curiosa no que diz respeito ao Estado Islâmico, gosto de saber como surgiu, a sua historia, a motivação de quem deixa uma vida para ir seguir os seus mandamentos.
Sempre me despertou muita curiosidade e este livro realmente deixa-nos mais conhecedores da historia do DAESH, mostra também a motivação que faz com que muitos queiram ser também "defensores da causa" .
Mostra também e obriga-nos mesmo a perceber que o Estado Islâmico não é o Islão, nem pode nunca ser considerado representativo de uma religião.
O livro é enorme e conta paralelamente varias historias.
Foi um livro que por um lado gostei e por outro não é o meu género de leitura, não deixando de ser um bom livro.