Hoje de manhã, bem cedinho lá ia eu bem descansadinha para a universidade.
A universidade não fica muito longe mas ainda é um bom caminho a pé e o tempo tem ameaçado chuva então tenho ido de carro, sim comprei um bolinhas (nome com que eu carinhosamente chamo ao meu carro).
Normalmente o caminho até à universidade é bastante calmo se for cedo e como hoje fui bem cedo não tinha assim muita gente na estrada, quase ninguém na verdade.
Estava então eu a passar num cruzamento a uma velocidade bastante controlada, reduzida até quando olho para o lado e vejo uma rapariga a alta velocidade a atravessar-se no meu caminho, travei de imediato e como ia devagar o carro parou quase imediatamente, a rapariga travou a fundo o que até deixou a marca dos pneus no pavimento, deitou as mãos à cabeça, pediu desculpa e começou aos prantos dentro do carro, pareceu-me que ficou de tal maneira nervosa que estava até a chorar.
Fiquei lá uns segundos sem saber muito bem o que fazer até que a rapariga lá decidiu avançar, eu segui caminho ainda mais devagar do que já ia.
Não tenho por habito andar a velocidades mais altas do que aquilo eu é suposto, já tive um acidente muito grave, já fui atropelada então sou uma condutora muito cautelosa mas fiquei a pensar naquela máxima “ Na estrada não temos só que olhar por nos, temos que olhar pelos outros também”
Isto é bem verdade, não dá para estar apenas atento a nossa condução, temos que estar também atentos à condução de todos os outros que andam nas estradas.