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De repente já nos trinta

De repente já nos trinta

Baby on Board | Os medos e receios numa gravidez

17.03.20, Girl About Town

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Quando descobri que estava grávida fiquei num misto de alegria e medo.

Eu queria muito engravidar e durante o tempo em que andávamos a tentar o meu único receio era ter algum problema e não conseguir engravidar, mesmo tendo feito exames pré natais, tinha mesmo esse receio, pois conheço demasiadas mulheres que infelizmente não conseguem engravidar, muitas vezes sem nenhum problema.

Quando fiz o teste e vi que era positivo chorei de alegria mas muito rapidamente o estado de alegria passou e deu lugar ao medo. Medo que não corresse bem.

Infelizmente poucos meses antes de engravidar duas colegas minhas de trabalho tiveram ambas um aborto espontâneo, um às 8 semanas outra às 13.

Isto aliado ao facto de eu ler muitos fóruns de maternidade onde diariamente vemos más noticias deixou-me muito, muito ansiosa.

O primeiro receio que tive foi de ser uma gravidez ectópica, em que o embrião se implanta fora do útero o que torna a gravidez impossível de seguir em frente.

Depois tive medo que tivesse uma gravidez anembrionária, uma gravidez sem embrião, depois é o receio de ir à ecografia e o coração do bebé não bater.

Estes medos foram muito intensos e duraram semanas, apesar de terem se atenuado com o tempo, ainda hoje, com 23 semanas tenho receios.

Normalmente numa gravidez normal, sem riscos previamente estabelecidos, só se faz 3 ecografias, sendo que a primeira é por volta das 11 a 13 semanas.

Como eu não conseguia esperar tanto tempo lá fui eu a uma consulta na minha obstetra para ver se estava tudo bem.

Fui às 7 semanas e já vi um embrião minúsculo mas com o coraçãozinho a  bater bem forte.

Antes de entrar para fazer eco, só pensava que iria ouvir o pior, quando vi o embrião e ouvi o coração bater foi uma sensação maravilhosa e que fica connosco para sempre.

Nunca mais me vou esquecer do que senti, nem da cara do meu homem quando ouviu o coração bater, é surreal pensar que uma coisa tão pequenina já tinha um coraçãozinho a bater tão forte dentro de mim.

Claro que depois vimos para casa e os receios vêm connosco. Aquela sensação de que está tudo bem depressa passa e a ansiedade persiste.

Isto é muito complicado ao inicio pois estamos grávidas, vemos pela ecografia que realmente temos um feijão a crescer dentro de nós mas depois não parecemos grávidas, ainda não temos barriga, não nos sentimos mesmo grávidas 

Até agora, de todas as vezes que fui fazer uma ecografia fui sempre com medo de alguma má noticia.

Ainda hoje é assim.

Quando passa aquela fase em que o risco de aborto é maior, surge um novo medo, o medo de o bebé ter alguma má formação, algum problema que comprometa a sua saúde.

A gravidez é uma fase da vida em que a ansiedade é muita, eu admiro aquelas mulheres que passam por uma gravidez calmamente.

Eu lá acalmei um bocado nesta fase mas completamente sossegada acho que só quando o bebé feijão estiver cá fora.

E ai, quando nascer, abre-se um novo mundo de medos.

Acho que isto começa gravidez e fica para sempre.

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