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De repente já nos trinta

De repente já nos trinta

A propósito do "E se fosse contigo?"

16.05.16, Girl About Town

Escrevi estás palavras abaixo da imagem em 25 de Fevereiro de 2015 a propósito da campanha "Quem te ama não te agride" que decorreu na altura.

Foi dos meus primeiros posts e  pareceu-me  oportuno relembra-lo tendo em conta o episódio de hoje do "E se fosse contigo?"

 

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Quando vi esta campanha e a reportagem que passou no jornal sobre a violência no namoro, fiquei sem saber muito bem o que dizer, não foi bem sem saber, foi um bloqueio que me deu em função do que estava a ver e a ouvir.

Vivemos num pais onde não se consegue passar um mês, por vezes bem menos, sem ouvir que mais uma mulher morreu às mãos de um homem, o que é de uma gravidade inexplicável.

E agora vemos que isto afinal começa bem mais cedo, não são só casais entre os 30 - 55 anos, são também jovens.

Vemos jovens casais, muitos ainda adolescentes com comportamentos violentos para com os seus parceiros.

Comportamentos que estes consideram normais, mas que na realidade acabam por ser de extrema violência.

Muitas pessoas consideram normal um namorado(a) ver o telemóvel, o facebook, o computador um do outro.

Eu não considero isto normal, nem tão pouco é, são coisas nossas, temos direito à nossa privacidade e tirarem-nos isso é uma violência, eu não aceitava que fizessem isso comigo.

Nunca me passou pela cabeça ir ver o telemóvel ou facebook do meu namorado e já tive muitas oportunidades mas acho uma atitude desprezível. 

E os maus tratos físicos e verbais? Não é normal que um namorado(a) chame nomes ao outro, como gorda, feia, burra, estúpida e tantos outros. Dar umas palmadinhas, humilhar, proibir de ver os amigos, controlar a roupa que o outro veste, ameaçar acabar a relação em troca sei lá do que.

Nada disto é normal.

Muitas vezes forçam a relação sexual, obrigam o outro a fazer o que não quer, tudo isto é violência e realmente é preciso alertar as pessoas que sofrem deste tipo de violência para que elas criem força e consigam sair destes relacionamentos.

Este tipo de violência, ou melhor, todo o tipo de violência, deixa marcas nas suas vítimas, marcas que ficam por muitos anos e nunca desaparecem realmente.

Por isso considero estas campanhas de máxima importância, é preciso alertar os jovens para saírem  destes relacionamentos e denunciarem os seus parceiros, para que estes possam ser responsabilizados.

Acima de tudo é preciso sermos conscientes com o que fazemos com os outros e com o que os outros fazem connosco.

 

 

 

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