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De repente já nos trinta

De repente já nos trinta

Quatro boas razões para ir ver "Era uma vez em...Hollywood"

19.08.19, Girl About Town

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*este post contém spoilers

 

Um filme com Leonardo Dicaprio é logo razão suficiente para ir ver o filme, agora se juntarmos Brad Pitt, Margot Robbie e o Quentin Taratino a realizar é certo que a coisa vai valer a pena.

Fui ver "Era uma vez em ...Hollywood" este fim de semana e posso dizer que não me lembro de ver um filme tão bom, tão bem construído, tão emocionante, engraçado, espirituoso, com personagens tão boas como este.

A história gira em torno de Rick Dalton (Leonardo Dicaprio) um ator de westerns em declínio e Cliff Booth (Brad Pitt) o seu duplo  e amigo de longa data.

Rick que depois de anos de sucessos vê a sua carreira entrar em declínio ao mesmo tempo que por ser vizinho de Sharon Tate (Margot Robie) e Roman Polanski tem que conviver com a felicidade do casal e com o facto da carreira de Tate estar em progresso.

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Este é mais um filme, em que Dicaprio, mais uma vez nos prova que é um ator fora de serie, a maneira como ele construiu o personagem, a interpretação, o sotaque, toda a sua atuação é maravilhosa, é realmente um ator brilhante.

Brad Pitt a mim surpreendeu-me imenso.

Acho que estamos habituados a vê-lo em outro tipo de papeis e a maneira como ele desempenhou este papel fez-me ainda mais fã dele, fã do ator que ele é e não só fã da sua aparecia que continua fantástica aos 55 anos.

Leo e Brad como dupla funcionaram super bem.

Margot Robbie que interpreta Sharon Tate está também muito bem.

Aparece pouco, mas quando aparece, aparece bem.

Margot conseguiu colocar na personagem o otimismo, a felicidade que se lhe esperava.

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É meio que o oposto do que vive Rick.

Enquanto Tate aparece como uma jovem promissora atriz em início de carreira, Rick apresenta-se como um ator caído em desgraça.

Inicialmente pensei que o filme fosse focar muito na questão do assassinato de Sharon Tate pela seita de Charles Manson, o tema é abordado, vamos vendo-o aos poucos sempre de forma muito natural, sem grandes mediatismos e como um pano de fundo.

O filme vai culminado até ao fatídico dia 9 de agosto, dia em que sabemos que Sharon Tate e mais três amigos morrem pelas mãos de discípulos de Charles Manson.

À medida que vamos percebendo que esse momento se aproxima eu fui ficando com o coração apertado.

Mas é aqui, bem nos últimos minutos que Tarantino nos surpreende.

A seita de Manson que ia decidida a matar todos na casa de Tate, depois de uns atritos com Rick, decide invadir a casa dele, só que acaba por encontrar Cliff e a sua cadela Brandy. E por fim Rick.

E aqui temos uma verdadeira luta à lá Tarantino, com um final característico do realizador que me deixou de sorriso no rosto.

Senti meio que uma justiça poética. Um fim diferente para uma história tão trágica, parece que Tarantino quis reescrever a história. E fê-lo tão bem.

No fim temos Sharon tate, uma atriz em ascensão a dar reconhecimento a um ator que precisava de sentir esse reconhecimento.

Temos um filme que de certa forma quis alterar uma história, salvou os bons e castigou os maus.

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O filme é todo ele brilhante do princípio ao fim, cheio de detalhes, como os cartazes neon de Hollywood, a pequena participação de Al Pacino, Dakota Fanning que em poucos minutos me deixou sem palavras, e Mike Moh que nos arranca gargalhadas na sua interpretação de Bruce Lee.

Li algures que este filme era uma carta de amor ao cinema, e é mesmo.