Quando os sonhos mudam
Quem por aqui me segue certamente já me ouviu falar imensas vezes sobre o meu sonho de trabalhar com contabilidade.
Acho que falo sobre isso desde sempre. Comecei por estudar Gestão e mais tarde Contabilidade pois era uma área que gostava muito e que ambicionava trabalhar. Era o meu sonho.
Pois, era, já não é mais.
Da pior maneira percebi que isto da contabilidade não era um sonho, era apenas algo que meti na cabeça e com o qual me fui comprometendo e que me deixou com aquela ideia que se não o conseguisse atingir teria falhado na vida.
Isto tudo quando na realidade não era uma coisa que eu queria assim tanto para mim.
Tive a oportunidade de recentemente trabalhar com Contabilidade, fazer aquilo que eu tanto sonhará e percebi que na realidade não quero aquilo para mim. Não quero viver uma vida dedicada a um trabalho mal remunerado, com mil responsabilidades, que deixa uma pessoa sem tempo para nada e que na realidade não nos deixa descansar nem quando estamos fora do trabalho.
Percebi, mais uma vez, da pior maneira, que a contabilidade não é de todo o que quero para a minha vida, pelo menos agora.
Não era o meu sonho. Começo a achar que não tenho um sonho de trabalho, o meu sonho é ter uma vida agradável, calma, com tempo para mim, para os meus e para aproveitar aquilo que a vida tem de bom porque o nosso tempo aqui é tão curto. Eu quero uma família, quero viajar, quero usar o tempo que tenho fora do trabalho para fazer coisas que eu gosto e que realmente me fazem feliz.
Quero viver em paz, não quero passar o dia stressada com o trabalho.
Quero acima de tudo, sair de casa e sair feliz para o trabalho, sem aquela ansiedade e, apesar de não ser na contabilidade encontrei inesperadamente um trabalho em que sou feliz, como lojista, num shopping, numa loja de produtos de beleza.
Sem saber, fui encontrar felicidade ali, e o que me importa agora é isso. Não preciso de ter um emprego XPTO, só preciso mesmo de ser feliz.
E é isso, aquele que era o meu primeiro objetivo para 2019 acaba por ser riscado, não por ter sido realizado mas porque deixou realmente de ser um objetivo.