Mara é uma advogada de sucesso, tem um casamento feliz, é uma mãe dedicada. Tem, também, uma doença devastadora que esconde do marido e da filha pequena. Ama-os demasiado para aceitar ser um fardo para eles. E tudo corre bem durante alguns anos. São anos maravilhosos mas sobre os quais paira a sombra da sua decisão aquando do diagnóstico: viverá enquanto puder manter-se digna. Agora que o seu corpo está finalmente a ceder, Mara estabelece um doloroso prazo: dentro de cinco dias, acabará com a sua própria vida.
A mais de mil quilómetros de distância, Scott tem também apenas cinco dias para cuidar de Curtis, um menino que acolheu em sua casa e que será agora novamente entregue à mãe, que está prestes a terminar uma pena de prisão. Foi com Scott que Curtis conheceu a estabilidade e o amor e desfrutou plenamente da infância pela primeira vez. O que o espera é uma angustiante incógnita. Para proteger Curtis, Scott tem agora de abdicar dele para sempre.
Mara e Scott são duas pessoas em contagem decrescente. Inesperadamente, as suas vidas vão cruzar-se e unir-se numa amizade que os acompanhará ao longo da semana mais difícil das suas vidas. E, no final dessa dura semana, qual deles estará feliz? Qual estará de luto? E qual deles terá desaparecido para sempre?
Não sei porque ultimamente tenho feito escolhas literárias assim um pouco para o depressivas, normalmente gosto de ler policiais e coisas assim mais voltadas para o romance mas ultimamente, isto provavelmente fruto do meu estado de espírito tenho optado por leituras mais tristes.
Este livro vem muito nessa onda.
Um livro que conta duas historias diferentes, a de Mara, uma mulher feliz e realizada com uma família linda que aos poucos se vai apercebendo que algo não esta bem com ela, tem uma doença que muito rapidamente vai fazer com que perca todas as suas capacidades, acabando por mata-la demasiado cedo.
Por outro lado temos Scott, um homem que acolheu temporariamente uma criança e cuja altura de o devolver à mãe está a chegar. O problema é que para Scott, Curtis já é um filho para ele e ter que abdicar dele vai ser muito difícil.
Tanto Mara como Scott tem escolhas muito duras pela frente, escolhas que nos fazem pensar o que faríamos nós no lugar deles e ao mesmo tempo desejar nunca estar numa posição semelhante.
Foi daqueles livros que li sempre com o coração nas mãos e com uma lágrima a escorrer pelo rosto.
É bem triste por um lado e por outro é inspirador, como por vezes podemos abdicar de coisas e de situações que nos fazem felizes para tentarmos fazer outros mais felizes.
É daqueles livros para ler com um pacote de lenços ao pé.