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De repente já nos trinta

De repente já nos trinta

Livro # 40 | Escrito na Água

15.09.17, Girl About Town

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Nel vivia obcecada com as mortes no rio. O rio que atravessava aquela vila já levara a vida a demasiadas mulheres ao longo dos tempos, incluindo, recentemente, a melhor amiga da sua filha. Desde então, Nel vivia ainda mais determinada a encontrar respostas.

Agora, é ela que aparece morta. Sem vestígios de crime, tudo aponta para que Nel se tenha suicidado no rio. Mas poucos dias antes da sua morte, ela deixara uma mensagem à irmã, Jules, num tom de voz urgente e assustado. Estaria Nel a temer pela sua vida?

 

Acho que toda a gente ficou super ansiosa com este livro e eu não fugi à regra, como tinha adorado A rapariga no Comboio achei que também ia adorar este e não foi verdade.

Neste livro, como no anterior a autora segue o mesmo modelo, capítulos respetivos a cada personagem, a diferença é que neste existem ainda mais personagens o que para mim torna o livro um pouco confuso e difícil de acompanhar.

Achei excessivo, muitos capítulos relativos a algumas personagens foram para mim desnecessários, não contribuíram em nada para a historia.

A historia gira muito em volta do poço das afogadas, Nel vive meio obcecada com o assunto e faz muita pesquisa sobre o tema até que esta também morre.

Aqui surgiram três coisas que me incomodaram, no inicio do livro muito se fala sobre o poço das afogadas e cria-se ali uma coisa à volta do rio e do poço mas depois a autora não faz uma boa descrição do local, não sei vocês mas eu gosto de ir visualizando as coisas à medida que vou lendo um livro e isso só é possível através da descrição que o autor faz das coisas, dos locais, das personagens, neste caso queria ter conseguido visualizar o rio e o poço na minha mente e não consegui, acho que a autora poderia ter feito uma melhor descrição do mesmo.

O mesmo acontece com uma espécie de misticismo que se relaciona ao local, como um local onde acontecem coisas más as mulheres que se portam mal mas depois há aquela coisa que as mulheres vão lá para se matar, ficou para mim meio confuso até porque no fim percebemos que aquilo de místico não tem nada.

Depois não gostei do facto de não termos a perspetiva de Nel, parece que ela é o foco da historia mas depois meio que se evapora do livro.

Não gostei que se foca-se tanto a historia na irmã de Nel.

O fim também nos leva para uma coisa, ficamos com a ideia que percebemos como as coisas aconteceram e depois no paragrafo final a autora quase que resume o livro todo e temos a tal reviravolta que para mim leva o livro para um patamar meio cliché.

Resumindo não foi assim o meu livro preferido de sempre e ainda acho que A rapariga no Comboio está bem melhor.