Sinopse
Uma jovem rapariga surge dos bosques após sobreviver a um rapto aterrador. Cada mórbido pormenor da sua história é verdadeiro, apesar de incrível. Dias mais tarde é descoberta outra vítima que sobreviveu a um rapto semelhante.
As investigações conduzem a um padrão: há alguém a raptar pares de pessoas que depois são encarcerados e confrontados com uma escolha terrível: matar para sobreviver, ou ser morto.
À medida que mais situações vão surgindo, a detetive encarregada deste caso, Helen Grace, percebe que a chave para capturar este monstro imparável está nos sobreviventes. Mas a não ser que descubra rapidamente o assassino, mais inocentes irão morrer…
Um jogo perigoso e mortal num romance de estreia arrebatador e de arrasar os nervos, que lembra filmes como Saw — Enigma Mortal e A Conspiração da Aranha.
Há imenso tempo que andava para ler este livro, a capa deixou-me com a pulga atrás da orelha e com aquele interesse persistente, no entanto andei a adiar a sua leitura até ao mês passado.
Numa ida à biblioteca encontrei este e mais uns três livros do autor e decidi assim na loucura trazer os três primeiros livros.
Estes primeiros livros são uma serie protagonizada pela detetive Helen Grace, sendo este o primeiro e posso adiantar que já li os dois seguintes.
Um dó li tá é um livro que nos trás uma historia diferente mas que me fez imediatamente lembrar o filme Saw, temos uma pessoa a raptar pessoas aos pares que depois de enclausurados são deixados apenas com uma arma com apenas uma bala, sendo depois confrontadas com uma decisão, ou matam o outro, ou morrem ambos à fome.
Isto é uma coisa brutal, a decisão de matar o outro, a tensão que se vive sem saber se o outro vai tomar a decisão de o fazer, são ambientes pesados que se vive nos locais onde estas pessoas estão encarceradas e a autora consegue passar isso na perfeição.
A descrição dos cativeiros, principalmente o das duas ultimas pessoas a serem raptadas é uma coisa brutal, não é para os mais impressionáveis, é de deixar uma pessoa arrepiada até aos ossos.
A maneira como a autora liga os raptos às personagens, como Helen Grace desvenda estes mistérios é muito boa e interessante.
A autora faz uma descrição muito boa das personagens principais, o que eu gosto pois sinto que fico a conhecer melhor as mesmas, criamos uma certa ligação.
A personagem principal Helen Grace é uma detetive bastante boa, muito dedicada ao emprego e quase sem vida pessoal, esconde segredos e é atormentada pelo seu passado que vamos conhecendo cada vez mais.
A outra protagonista feminina, Charlie é também detetive, ainda a crescer na carreira e bem diferente de Helen, casada e com muita vontade de ter um filho.
Fazem uma dupla muito boa.
Este livro surpreendeu-me muito, para mim é dos melhores policiais que li até agora, é muito cru e humano ao mesmo tempo e não nos dá aquele final feliz, mostra-nos como a vida as vezes consegue ser implacável.
Muito, muito bom, super recomendo este livro.