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De repente já nos trinta

De repente já nos trinta

O civismo (ou a falta dele) no cinema

13.08.15, Girl About Town

A minha mãe levava-me a mim e ao meu irmão todos os domingos ao cinema quando eramos pequenos, então desde miúda que tenho esse hábito.

Hoje em dia é um hábito que mantenho, vou muitas vezes ao cinema com o meu namorado e cada vez mais tenho reparado que há muitas pessoas que não sabem estar num cinema.

Normalmente vou à noite ao cinema, ao fim do trabalho por isso vou sempre a sessão mais tardia.

Normalmente não tem muita gente e talvez por isso algumas pessoas se sintam no direito de atirar pipocas pelo ar, falar alto, rir sem mais nem menos quando o filme nem é uma comédia, neste caso era até um filme de terror.

Isto aconteceu mesmo, tinha um grupo de jovens ao meu lado a atirarem pipocas uns aos outros, e a falar super alto e o filme já tinha começado.

Depois tinha atras de mim uma miúda com os pés em cima da minha cadeira.

E como é que eu reparei nisto?

Ao desencostar a cabeça do banco fiquei com o cabelo preso na sandália da menina.

Depressa me passei e avisei a miúda para tirar de lá o pé, ela já ia começar a reclamar mas o vigilante da sala lá percebeu que aquilo não ia acabar bem e foi lá avisar a rapariga que não era permitido colocar os pés no banco, ela lá obedeceu mas como a sala não estava cheia ela até acabou por mudar de lugar.

O vigilante pediu também ao outro grupinho para não fazer barulho durante a sessão e para não atirar com as pipocas.

Elas acataram as suas ordens, até porque veio outro vigilante para a sala, mas apercebi-me que o tal grupinho ficou a gozar com os vigilantes a dizer coisas como “ Ai já nem se pode brincar”, “ Estes otários acham que mandam aqui”.

E eu só pensava que aquilo era conversa de chavalos parvos que ainda estão na fase da estupidez, mas não, eram adultos, pessoas com vinte e muitos anos.

Isto só me faz pensar que ainda há muita gente neste mundo que não sabe ser nem estar.

Que acham que violar as regras faz deles as pessoas mais fixes do mundo e quem as cumpre ou faz cumprir não passam de otários.

 

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